quarta-feira, 26 de maio de 2010

Engolir ou não engolir?



Se sexo oral já é recheado de tabus e dúvidas, o que dizer da cerejinha do bolo que habita o imaginário masculino - e boa parte dos filmes pornôs? Estou falando do velho dilema (quase existencial para o sexo) que é engolir ou não o esperma na hora da prática. Como não passa de uma secreção do organismo, como a saliva ou o suor, calma mulheres, não é preciso ter nojo do líquido do seu amado. Mas cuidados são fundamentais para que o prazer não vire dor de cabeça.
O maior problema relacionado à prática de engolir o esperma após a relação sexual é a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. Mesmo sendo o sêmen um líquido limpo, pode conter agentes como HPV, clamídia, herpes, vírus responsáveis por hepatites, sífilis e claro, o próprio HIV. Vale ressaltar que mesmo sem engolir - e por apenas ter o contato - as doenças podem ser transmitidas.
"É importante salientar que pessoas que apresentem lesões em cavidade oral, como ferimentos ou aftas, estão mais propensas a contrair tais doenças", lembra o médico urologista Marcelo Alves Aranha, do Hospital Nossa Senhora das Graças, de Curitiba. "Outra situação curiosa a respeito é o relato de transmissão de conjuntivite por clamídia, através da ejaculação direta no globo ocular".
Marcelo desmente o boato de que a alimentação interfere no odor (ou no sabor) do esperma, característico de sua composição. As variações estão relacionadas às diferentes concentrações das substâncias que a compõe. "Como exemplo de situações que podem alterar as características seminais podemos citar o período de tempo entre as ejaculações, onde um menor período acarreta em um ejaculado menos espesso e infecções uretrais (gonorréia) ou seminais, que podem tornar o sêmen amarelado e com odor fétido", explica o médico.
Sabendo de tudo isso, o ideal mesmo é fazer o possível para sempre usar preservativos, independente da posição escolhida. Como há muita reclamação - tanto de homens quanto mulheres quando o assunto é prática oral - há opções de camisinhas sem lubrificante ou espermicida (sem aquele cheirinho e gosto desagradáveis), ou ainda os com aroma, que podem ainda apimentar a relação. Sex-shops e farmácias já vendem modelos "deliciosos" de menta, morango, laranja, uva...
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